O ácido linoléico conjugado – CLA é encontrado naturalmente em diversos produtos. Originalmente foi descoberto como um componente anticâncer. A maior fonte natural é advinda de produtos derivados dos ruminantes, a gordura e leite mais precisamente. Contudo, alguns óleos vegetais podem apresentar uma quantidade bem menor. O fato de estarem mais presentes no leite e na gordura de ruminantes, se da pela boa produção do mesmo no rúmen, via bioconversão bacteriana, que metaboliza ácidos graxos insaturados (como linoléico e linolênico) até o ácido esteárico. Entretanto, uma parte do CLA escapa do processo de biohidrogênação e é absorvido no intestino e incorporada aos tecidos.
Nesse contexto, o CLA, se refere a um grupo de isômeros geométricos (ácidos graxos ω-6) com duplas ligações conjugadas e posicionais do ácido linoléico (cis-9, cis-12 18:2). A diferença estrutural entre o ácido linoléico e o CLA, está no fato das ligações duplas do segundo serem separadas por apenas uma ligação simples, o que o torna conjugado. Há inúmeros isômeros posicionais de CLA, e distinguir cada um é importante, uma vez que podem apresentar diferentes atividades dentro do organismo.
Por que o interesse no Ácido linoléico conjugado?
O forte interesse dos cientistas pode ser atribuído ao fato de apresentar efeitos benéficos na saúde de animais experimentais, domésticos, animais de companhia e humanos. Além da capacidade de reduzir a gordura corporal e aumentar o tecido não gorduroso (muscular), foi descoberto que o CLA também tem propriedades anticancerígenas e reduz a incidência de arteriosclerose.
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Logo, surgiu a ideia do uso de CLA na dieta de animais, visando a um produto final diferenciado e mais saudável. Apesar de existir várias combinações de isômeros, dois deles tem especial interesse: o isômero trans-10, cis-12 que afeta o metabolismo lipídico, sendo o responsável pela inibição da secreção da gordura do leite e redução da gordura da carcaça e o isômero cis-9, trans-11 que está relacionado à inibição de diversos tumores e a modulação da resposta imune.
Portanto, A estratégia de adicionar ácido linoléico conjugado à alimentação dos animais é uma alternativa que visa melhorar o desempenho dos animais e produzir um alimento para o consumo humano que apresente uma qualidade superior e com todos os benefícios atribuídos ao ácido graxo.
Resultados Técnicos
Surek et al. (2011), concluíram que o fornecimento de ácido linoléico conjugado pode aumentar o ganho de peso diário – GMD, melhora o rendimento de carne magra e reduz a espessura de gordura, quando empregado em dietas de suínos, sem alterar a capacidade de retenção de água.
Já Andreta et al. (2009), concluíram que o uso de ácido linoléico conjugado como aditivo nutricional nas dietas para suínos em crescimento não altera o desempenho dos animais. No entanto, A adição de ácido linoléico conjugado aumenta o conteúdo de carne magra na carcaça e reduz a espessura de toucinho, sem influenciar a qualidade da carne em suínos.
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Referências
SUREK, D. et al. Ácido linoléico conjugado, na nutrição de suínos, sobre desempenho zootécnico, características de carcaça e rendimento de cortes. Tecnologia de Alimentos • Cienc. Rural 41 (12) • Dez 2011. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/cr/a/McNMsj6pqchsVVgTqdxnHrF/?lang=pt>
ANDRETA, I. et al. Meta‑análise do uso de ácido linoleico conjugado na alimentação de suínos. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.44, n.7, p.754-760, jul. 2009. Disponível em: < file:///C:/Users/Pedro/Downloads/2048-34135-1-PB.pdf>