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Antinutricionais de importância na nutrição animal

Antinutricionais de importância na nutrição animal

Os fatores antinutricionais são substâncias que mesmo em estado vestigial, reduzem ou impedem a utilização de um elemento nutritivo. Estes fatores antinutricionais, em sua maioria são metabólitos secundários, que podem ser definidos como compostos que não têm papel reconhecido na manutenção de processos vitais fundamentais da planta que os sintetizam, em contrapartida, têm um papel importante na interação da planta com seu meio ambiente. Fatores antinutricionais normalmente não são vistos com “bons olhos”. Apesar de a denominação fatores antinutricionais remeter apenas às características “ruins” dessas substâncias, vale lembrar que elas não são responsáveis apenas por gerar efeitos adversos. Pelo contrário, praticamente todas elas, senão todas são capazes de conferir, também, possíveis efeitos benéficos ao organismo animal. Alguns compostos fenólicos de maior representatividade na alimentação animal são: taninos, ligninas e gossipol. Entretanto também existem as saponinas, mimosinas, fitato, lecitinas, inibidores de protease e glicosídeos cianogênicos.

Taninos

Os taninos são resultantes do metabolismo secundário das plantas. Estes são compostos fenólicos com certa solubilidade em água e capacidade de formar complexos insolúveis com proteínas, gelatinas e alcaloides. Os taninos são de grande interesse ecológico e econômico.

Frangos de corte que ingerem taninos podem apresentar baixa atividade de tripsina e Alfa – amilase. No entanto, vale lembrar que os taninos são uma alternativa aos antimicrobianos convencionais, obtendo bons resultados quando aplicados da forma correta.

Gossipol

É um pigmento fenólico de coloração amarelada, produzido pelas glândulas de pigmentos encontrados nas raízes, partes aéreas e sementes de algodão. O processamento térmico dos caroços faz o gossipol se ligar a aminoácidos constituintes das proteínas do algodão, especialmente a lisina. Ele conjugado, não apresenta importância toxicológica. Já na forma livre, trás grandes problemas para a nutrição animal.

O gossipol é mais tóxico aos monogástricos podendo reduzir a capacidade carreadora de oxigênio do sangue, resultando em respirações curtas e edemas pulmonares. Provoca ainda, diminuição da taxa de crescimento, anorexia, fraqueza, apatia e morte se em consumo prolongado.

Um dos principais problemas está ligado a reprodução. O gossipol promove redução na concentração, inibição da motilidade e aumento da mortalidade dos espermatozoides.

Inibidores de proteases

São proteínas de ampla distribuição no reino vegetal, capazes de inibir as atividades da tripsina, quimotripsina, amilase etc. Grande parte dos estudos são centrados na tripsina, mais precisamente na soja.

É atribuída a ingestão de soja crua ou derivados sem um tratamento suficiente, menores taxa de crescimento, excessiva perda fecal de proteína endógena dentre outros malefícios.

Além destes citados, ainda temos o fitato, saponinas, mimosinas, lecitinas e polissacarídeos não amiláceos – PNA’s.

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