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Bem-Estar Animal – Suinocultura

Bem-Estar Animal – Suinocultura

O mundo está passando por intensas transformações desde a popularização e facilitação do acesso à informação. Essa rápida globalização fez com que indústrias ultrapassadas dentro desse contexto fechassem as portas. Logo, mercados que se abrem e os que se mantém, travam uma enorme corrida pela busca do “novo” ou mais tecnológico serviço/produto para atender as exigências dos consumidores.

Quando poucos tinham acesso a informação pouco se falava em bem-estar animal, mas isso mudou como o citado. As empresas e produtores que querem se manter no mercado atualmente tem que se modernizar e ficar dentro do exigido.

A definição de Bem-estar animal segundo a OIE é: “Um animal está em bom estado de bem-estar (quando indicado por evidência científica) se estiver saudável, confortável, bem nutrido, seguro, for capaz de expressar seu comportamento inato, e se não está sofrendo com estados desagradáveis, tais como dor, medo e angústia.”

As cinco Liberdades

Em 1992 foi definido formalmente pelo “Conselho de bem-estar de animais de fazenda”, o princípio das cinco liberdades:

bem-estar animal

Nutrição

Os animais jamais devem ficar sem ração por mais tempo do que o estabelecido entre os arraçoamentos. O projeto do comedouro deve garantir a possibilidade de alimentação sem causar estresse ou lesões. Onde o arraçoamento é à vontade, sempre verificar se não está faltando ração e os sistemas automáticos devem ter seu funcionamento monitorado.

A dieta deve ser bem balanceada atendendo todas exigências do animal para mantença, crescimento e reprodução. Água de boa qualidade e disponível constantemente em volume adequado.

Ambiência

            Os animais devem possuir um ambiente que lhe garantam conforto térmico, visto que suínos são animais sensíveis a altas temperaturas, o que mais fácil de ocorrer dependendo da densidade dentro da granja. A ausência de sujeira (dejetos) e umidade leva à menor formação de gases prejudiciais (em especial, amônia – o limite máximo é de 10 a 20ppm). Sempre que possível levantar as cortinas para iluminação e ventilação natural.

Biosseguridade

O adequado esquema de vacinação e vermifugação contribui para a prevenção e o controle de doenças. Isso confere uma boa saúde ao rebanho. Um bom programa de biosseguridade (cercas de isolamento e acessos trancados, banho e troca de roupa, “todos dentro/todos fora” entre lotes, controle de pessoas e veículos, quarentenário, programa de limpeza e desinfecção, monitorias etc.), igualmente contribui para melhor saúde geral do rebanho. O programa de biosseguridade deve ser definido e supervisionado por um médico veterinário. Todas as pessoas envolvidas devem ser informadas e devidamente treinadas.

Gestão de Resíduos

            Umas das áreas de maior atenção na suinocultura é a grande produção de dejetos ricos em minerais e gases poluentes. Com isso, uma boa gestão, destinando os dejetos biológicos de forma adequada, além de atender a legislação e não agredir o meio ambiente, auxilia na redução de moscas e gases tóxicos, diminuindo e controlando possíveis disseminações de patógenos.

Enriquecimento ambiental

            Os animais trazem hábitos ancestrais (inatos) que são importantes para os mesmos. Como exemplo nos suínos, temos o ato de fazer o ninho nas porcas ou mesmo o de fuçar.  Existem várias ferramentas de manejo que podem ser aplicadas por produtores e técnicos, como alternativas viáveis para melhorar o bem-estar animal pelo enriquecimento do ambiente onde ficam os suínos. O enriquecimento ambiental para suínos é mais efetivo na fase pós-desmame, mas pode ser utilizado com sucesso em todas as fases de criação. São duas as formas básicas para realizar o enriquecimento do ambiente dos suínos: enriquecimento ambiental (ex.: palha, madeira, feno, corda, corrente, brinquedos comestíveis, rígidos ou deformantes) e o enriquecimento estrutural (ex.: zona de fuga, abrigos, rampas, lâminas d’água).

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