Ganhos da dosagem de aditivos na forma líquida (Parte 2)
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- 31/05/2022
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A Colina (Pura) é um composto orgânico pertencente ao grupo dos sais quaternários de amônio, sendo quimicamente denominada por 2-hidroxietil-trimetilamônio. Conhecida como uma vitamina do complexo B, ela não possui as clássicas características das mesmas. Sua multifuncionalidade como protetora hepática, doadora de grupo metil e ter requerimento relativamente maior que as vitaminas em geral a faz diferente.
Nos alimentos, a colina pode ser encontrada em diversas formas quimicas como fosfocolina, glicerofosfocolina, esfingomielina e fosfatidilcolina.
O nutriente colina, é essencial a inúmeras espécies, participa da formação da acetilcolina, neurotransmissor do sistema nervoso parassimpático, que ajuda na contração dos músculos lisos, dilatação de vasos sanguíneos, aumento de secreções corporais e diminuição da frequência cardíaca. Uma observação importante, é que todas essas ações citadas, estão ligadas ao sistema termorregulador de animais mamíferos e aves, logo, diretamente ligada ao bem-estar e produtividade dos animais de produção.
Constituinte dos fosfolipídios presentes na membrana plasmática das células, como parte da lecitina, , se encontra em duas formas, a fosfatidilcolina e esfingomielina, com cada uma representando cerca de 35% e 20% respectivamente dos fosfolipídios de membranas.
É essencial para o metabolismo lipídico, prevenindo o acumulo de gordura no fígado, transportando os lipídios na forma de lecitina.
A fonte de colina suplementar é a sintética, Cloreto de Colina.
Produzida a partir da Trimetilamina, sua alta higroscopicidade quando adsorvida em veículo vegetal ou mineral, limita seu uso em premix e concentrados que contenham minerais solúveis principalmente. Além disso, é uma tendência do mercado e dos consumidores a redução de ingredientes sintéticos nas dietas de frangos e suínos.
Tendo isso em vista, as fontes vegetais ganharam expressão como alternativa ao cloreto de colina. A colina natural de fonte vegetal, apresenta algumas boas vantagens em comparação com a sintética como:
Em sua dissertação para mestre em Zootecnia (UFG), DIAS (2021), comparou o uso de Cloreto de Colina e Colina de fonte vegetal, e dois consórcios de cloreto de colina com a fonte vegetal. Dentre os diversos parâmetros analisados, foi concluído que a colina orgânica foi eficaz como substituto ao cloreto de colina, mantendo os índices zootécnicos (peso médio, GP, CA e CR). Além do mais, melhorou a uniformidade das aves e não foi observado nenhum sinal de deficiência. Contatou-se ainda, uma diminuição no LDL sérico e apresentou teor de higroscopicidade quase quatro vezes menor.
Já FARINA (2014), também em uma tese de mestrado em Zootecnia (UFSM), avaliando a bioequivalência de uma fonte vegetal como alternativa ao cloreto de colina, concluiu, que uma unidade da fonte natural equivale a 2,52 unidades de Colina da fonte sintética. Ainda foi observado uma melhor conversão alimentar com a fonte vegetal.
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DIAS, A.G.F. Substituição do cloreto de colina por uma fonte vegetal de colina em dietas de frangos. Dissertação de mestrado para obtenção do título de mestre em Zootecnia. UFG. Goiânia, 2021. Disponível em: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/11219.
FARANI, G. Desempenho de frangos de corte suplementados com diferentes fontes e níveis de colina na dieta. Dissertação de mestrado para obtenção do título de mestre em Zootecnia. UFMS. Porto Alegre, 2014. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/104086.