A nutrição animal está em constante avanço para acompanhar toda pujança da sociedade pelo aumento da demanda por proteína animal e por produções mais sustentáveis. Segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) em 2050 a população mundial será de 9,8 bilhões de pessoas, exigindo um aumento de produção de 200 milhões de toneladas de proteína animal para atender o consumo.
Nesse contexto, ingredientes alternativos como o Concentrado Proteico de Soja (CPS), com elevada bioseguridade, palatabilidade e digestibilidade, e com menor produção de resíduos poluentes serão essenciais para atender esse aumento de escala e qualidade.
O Concentrado Proteico de Soja (CPS) é um ingrediente, com teor de proteína bruta em torno de 60%, e uma digestibilidade de 93%. Contendo 92% a menos de oligossacarídeos alergênicos removidos no processo de extração alcoólica. Durante o processo de obtenção do Concentrado Proteico de Soja as proteínas alergênicas são desnaturadas e suas propriedades antinutricionais eliminadas, diminuindo assim gasto de energia com a renovação celular e reduzindo o uso de antibióticos resultante das menores inflamações e infecções intestinais.
Além disso, o Concentrado Proteico de Soja tem alta digestibilidade diminuindo a quantidade de excretas, um dos passivos da avicultura e suinocultura a poluição ambiental. Do mesmo modo, possui alta palatabilidade permitindo o pleno desenvolvimento das vilosidades intestinais aumentando a relação vilo-cripta absorvendo mais nutrientes e minimizando desperdícios.
Por que não usar o grão de Soja?
Os fatores que limitam o uso da soja na nutrição animal são a presença de diversos fatores antinutricionais, como proteínas antigênicas, caso da Glicinina e B-Glicinina. Esses fatores causam alterações morfológicas das vilosidades intestinais reduzindo a relação vilo-cripta, diminuindo a área de absorção dos nutrientes e aumentando o gasto de energia na realização do turnover proteico. Ainda possui oligossacarídeos que também são antinutricionais aos monogástricos, sendo eles a rafinose e estaquiose os principais, e mais uma gama de fatores antinutricionais (Ácido fítico, saponinas, inibidores de proteases etc).
Todavia, a rafinose e estaquiose não são digeridas no intestino delgado devido a não produção das enzimas necessárias. Porém, ao passar para o intestino grosso são fermentadas favorecendo a produção de gases, ocasionando flatulências e inchaço abdominal. Além disso, esses carboidratos aumentam a viscosidade da dieta diminuindo a superfície de contato dos nutrientes com as enzimas reduzindo assim a eficiência alimentar.
Em suma, o CPS também é uma alternativa aos ingredientes de origem animal nas formulações, aportando melhoras nos índices zootécnicos em toda a vida do animal, com benefícios econômicos e atendendo a demanda dos mais exigentes mercados por uma produção alimentar segura e moderna.