Os aminoácidos (aa) são unidades básicas que formam as proteínas. Esses desempenham diversas funções vitais além da síntese proteica, como renovação de tecidos (perdas endógenas, perdas da epiderme, troca de penas e escamas).
Classificação dos aminoácidos
Existe diversos aminoácidos, no entanto de nosso interesse são apenas 20, esses são classificados como aminoácidos essenciais, não essenciais, condicionalmente essenciais e limitantes.
Na suinocultura e avicultura temos 10 aminoácidos essenciais, com a arginina sendo condicionalmente essencial apenas em uma fase dos suínos e sendo de extrema importância a sua suplementação dos 3 aos 21 dias de vida dos animais, onde eles produzem apenas 60% da exigência.
Aminoácidos essenciais são aqueles no qual o animal não sintetiza ou não produz em quantidade suficiente para suprir suas exigências. Logo, os não essenciais são sintetizados pelos animais, podendo ser sintetizados a partir de outros aminoácidos pelo processo de transaminação, caso da cisteína que é sintetizada a partir da metionina, consequentemente, se a metionina não for suplementada de forma ideal, a cisteína se tornará um aminoácido essencial. Já os limitantes dizem respeito a limitação de certo aminoácido em um ingrediente ou dieta. Dietas a base de milho e soja são limitantes em Lisina, Metionina, treonina e triptofano. Quando esse é um limitante, a sua falta na dieta determina o excesso ou carência de outro, que no caso será oxidado, ou então, ocasionará desequilíbrio aminoacídico.
Para frangos de corte o primeiro e segundo aminoácido limitante é a Met e Lis respectivamente, em suínos primeiro é a Lis e posteriormente a Met. O milho, principal fonte energética é limitante em Lisina e triptofano, a soja em metionina, logo se deve atentar a suplementação correta destes.
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Proteína Ideal
Dietas balanceadas com base na PB resultam no desbalanceamento aminoacídico, com excesso de uns e falta de outros, além de perda de desempenho com gasto energético na excreção do excesso de Nitrogênio na forma de ácido úrico e recorrente poluição ambiental.
Nesse contexto entra o conceito de proteína ideal, proposto por Mitchell em 1964, onde é definido como o balanço exato de aminoácidos capazes de suprir a exigência de mantença e produção, sem excesso e sem falta, ou seja, balanceados.
A aplicação da proteína ideal traz vantagens econômicas e ambientais, como redução do nível de proteína bruta e menor excreção de N, já que se espera que todos os aminoácidos sejam aproveitados. A redução de proteína bruta ajuda o animal quanto ao conforto térmico, isso porque a digestão da proteína tem um grande incremento calórico – IC.
Entretanto a redução da proteína bruta sem se atentar a devida suplementação dos aminoácidos pode ocasionar um déficit de aminoácidos não essenciais, exigindo atenção e cuidado.
Aminoácidos Sulfurados
Metionina e a Cisteína são os únicos aminoácidos sulfurados. A met é o primeiro aminoácido limitante para frangos devido a limitação desse em rações a base de milho e soja como dito anteriormente, e também devido ao seu alto requerimento, já que são de grande importância para manutenção das penas.
A met ainda é o maior doador de radicais metil (Ch3) no organismo para síntese de colina, betaína, carnitina, poliaminas, epinefrina e melatonina, moléculas essas com grande participação no crescimento e desenvolvimento do animal. Ainda está ligado ao metabolismo lipídico, e a sua deficiência propicia uma maior deposição de tecido adiposo. Portanto, quando suplementada de forma adequada na ração de frangos promove uma ação positiva sobre a concentração da proteína tissular, rendimento de carcaça, rendimento de peito e redução do teor de gordura abdominal.
Já a cisteína contribuí para formação do colágeno e queratina, atuando na manutenção das penas. Sua síntese se dá a partir da metionina. As exigências de met-cis são maiores quando o animal é jovem, e decresce com o aumento da idade.
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