Bem-Estar Animal – Suinocultura
O mundo está passando por intensas transformações desde a popularização e facilitação do acesso à informação. Essa rápida globalização fez com que indústrias ultrapassadas dentro […]
- 04/08/2021
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Taninos são substâncias resultantes do metabolismo secundário, ou especial das plantas. Nesse sentido, por muito tempo foram vistos como fatores antinutricionais, presentes nas plantas como mecanismos de defesa contra herbívoros, bactérias, fungos, parasitas etc. No entanto, com o foco de muitas pesquisas em encontrar aditivos alternativos aos antibióticos promotores de crescimento, os taninos passaram a ser vistos com bons olhos pela nutrição animal. Possuem a habilidade de precipitar alcaloides e proteínas por ligações hidrofóbicas ou pontes de hidrogênio entre outras interações, sendo essa, a base para controle dos invasores citados acima.
Os taninos podem ser condensados e hidrolisáveis, esse último é composto por açúcares e um ácido que pode ser o gálico ou elágico. São hidrolisáveis por ácidos ou enzimas, liberando um açúcar e um dos ácidos seja o gálico ou elágico, que posteriormente podem ser excretados.
Entretanto, os taninos condensados não são absorvidos nem excretados tão facilmente. Logo, em monogástricos acabam por provocar lesões na mucosa do trato gastrointestinal – TGI reduzindo a absorção de nutrientes entre outros efeitos colaterais.
Os taninos hidrolisáveis têm apresentado efeitos positivos na nutrição animal, sendo utilizados como antimicrobianos, anti-inflamatórios e cicatrizantes.
As atividades antimicrobianas estão ligadas a inibição de enzimas microbianas, privação dos substratos como proteínas e polissacarídeos necessários para a proliferação dos microrganismos, além da privação de íons metálicos. Contudo, o efeito dos taninos é maior em bactérias Gram-positivas, já que as Gram-negativas possuem uma camada mais complexa de proteínas e lipídios.
Auxilia também no processo anti-inflamatório e cicatrização de tecidos epiteliais com a formação de uma camada protetora tânico-proteica ou tanino-polissacarídeos. Já a atividade antioxidante se deve ao sequestro de radicais livres.
Sendo assim, como qualquer outro aditivo, os taninos hidrolisáveis devem ser usados na forma e quantidade correta para que se obtenha os resultados esperados sem a ocorrência de distúrbios ou intoxicação.
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